Publicado por: Rafael | novembro 1, 2006

Entrevista: Terence Mckenna

To postando um trecho traduzido de uma entrevista que achei muito interessante. Pra quem não conhece, Terence McKenna foi um pesquisador de plantas psicodélicas de projeção internacional. Nasceu no Colorado (Estados Unidos) em 1946, graduou-se pela Universidade de Berkley e obteve mestrado em Xamanismo e Conservação de Espécies Botânicas. Em 1992 publicou o livro “Food of the Gods” (“Alimento dos Deuses”), onde descreveu a evolução humana a partir do consumo de substâncias como o DMT e a psilocibina, encontrada em cogumelos alucinógenos. McKenna morreu em 2000 e é considerado por muitos como um “cientista da Nova Era”. Esta entrevista foi concedida a revista OMNI em 1993.

A entrevista pode ser encontrada integralmente (sem tradução) aqui: http://deoxy.org/t_omni.htm Inclusive, se alguém tiver disposição e conhecimento pra traduzir tudo, sinta-se à vontade, pois seria um grande prazer postá-la por completo =)

OMNI: Para que servem suas pesquisas com substâncias psicodélicas?MCKENNA: É uma tragédia pensar que alguém pode ir para o caixão ignorante das possibilidades da vida. E faço analogia com o sexo. Poucas pessoas podem evitar, em suas vidas, uma experiência de natureza sexual, já que sexo é uma das informações de que a condição humana dispõe. Sexo é um grande prazer, sexo liberta. Detesto pensar que alguém pode morrer sem experimentar sexo! O mesmo acontece com a experiência psicodélica. Ela é parte legítima da condição humana. Ela disponibiliza uma infinidade de informações fundamentais que perdemos quando o homem passou a se distanciar da natureza.

OMNI: “Food of the Gods” liga DMT à psilocibina. Qual a relação?MCKENNA: A psilocibina e o DMT são quimicamente da mesma família. Meu livro é sobre a história das drogas; mostra o impacto cultural e o poder de desenhar a personalidade que elas possuem. As pessoas têm tentado, sem sucesso, responder como nossas mentes e consciências podem derivar do macaco. Já formularam todo o tipo de teoria sobre isso, mas para mim a chave que destranca este grande mistério é a presença de plantas psicoativas na dieta do homem primitivo.

OMNI: O que o levou a concluir isto?MCKENNA: A teoria ortodoxa da evolução nos diz que pequenas mudanças adaptativas de uma espécie acabam sendo geneticamente impressas em seu DNA. Os descendentes da espécie vão acumulando novas mudanças adaptativas, até que o conjunto de mudanças gere outra espécie. Pesquisas de laboratório mostram que a psilocibina, mesmo ingerida em quantidades muito pequenas, é capaz de imprimir mudanças em nós. Nos anos 60 Roland Fisher, do National Institute of Mental Health, deu psilocibina a voluntários, e então realizou testes oftalmológicos. Os resultados indicaram que a visão periférica aumenta quando havia psilocibina no organismo do voluntário.
Bem, o aumento da visão periférica seria de grande ajuda adaptativa para o hominídeo, pois caçavam com mais sucesso e se defendiam melhor, também!

Então aqui temos o fator químico: quando adicionado à dieta, psilocibina resultou num excelente “artefato” de sobrevivência.Quando os macacos desceram das árvores encontraram cogumelos no solo. Em pequenas quantidades aumentou sua capacidade visual periférica; em maiores quantidades, aumentou as atividades de seus sistemas nervosos centrais, que resulta em maior atividade sexual e, conseqüentemente, descendentes que carregam genes modificados pela psilocibina.

OMNI: Como as informações disponíveis sobre a psilocibina sustentam sua teoria?MCKENNA: Bem, este é o problema: a psilocibina foi descoberta em 1953, e não foi totalmente caracterizada até ser proibida, em 66. A janela de oportunidade que se abriu para estudá-la foi de apenas nove anos. Quem pesquisava a psilocibina nem sonhava que os estudos seriam proibidos pelo governo americano! Quando o LSD foi apresentado à comunidade psicoterapêutica, e uma grande esperança de estudos dos processos mentais e psicológicos se abriu, o governo suprimiu as pesquisas com drogas psicodélicas. A conseqüência disto é que a comunidade científica está capenga, pois não pôde cumprir sua missão de conhecer profundamente os mistérios da mente humana. A ignorância e o medo do governo atrapalharam o trabalho dos cientistas.


OMNI: Você está dando uma enorme quantidade de poder a uma droga. O que você pode dizer sobre a psilocibina?
MCKENNA: Ainda não sabemos tudo o que a psilocibina e o DMT podem oferecer. É como quando Colombo avistou terra, e alguém disse, “Então você viu terra. Isso é importante?”, e Colombo disse, “Você não entende: este é o Novo Continente”. Então uns marinheiros, como eu, retornaram da viagem dizendo, “Não há bordas no planeta, ele é redondo. E mais: não há monstros marinhos, e sim vales, rios, cidades de ouro”. É duro de engolir, mas caso possam voltar a estudar a psilocibina, os cientistas poderão revolucionar a forma com que lidamos com o ser humano e com o universo. Nos últimos 500 anos a cultura ocidental suprimiu a idéia de inteligências desencarnadas, da presença real de espíritos. Mas trinta segundos de viagem com DMT acabam com a dúvida. Esta droga nos mostra que a cultura é um artefato, que você pode ser um psiquiatra em Nova York ou um xamã em Ioruba, mas que essas realidades são apenas convenções locais que organizam as pessoas em sociedade. A experiência com DMT é universal, pois mostra do mesmo modo, para qualquer pessoa de qualquer cultura, a legitimidade do universo espiritual.

OMNI: Bem, mas a cultura nos dá alguma coisa para fazer, Terence.MCKENNA: Sim, mas a maior parte das pessoas acha que cultura é o que é real. A psilocibina mostra que tudo o que você sabe está errado. O mundo não está sozinho, não é tridimensional, o tempo não é linear, não existem coincidências. Existe, sim, um nexo interdimensional.

OMNI: Se tudo o que sei está errado, então o que está certo?MCKENNA: Você precisa reconstruir. É, no mínimo, uma tremenda permissão para sua imaginação. Você não tem que seguir Sartre, Jesus, ninguém. Tudo se esvai, e só o que você pensa é, “Sou apenas eu, minha mente e a Mãe Natureza”. Esta droga mostra que o que existe do outro lado é uma impressionantemente real forma de vida auto-consistente, um mundo que permanece o mesmo toda vez que você o visita.

OMNI: E o que está lá nos esperando? Quem?MCKENNA: Você cai num espaço. De alguma forma, você pode dizer que é subterrâneo. Existe uma sensação de enclausuramento, mas ao mesmo tempo o espaço é amplo, aberto, caloroso, confortável de uma forma muito sensual, material. Há entidades totalmente formadas, não há dúvidas de que essas entidades estão lá. Enquanto isso você diz, “Batimentos cardíacos? Normais. Pulso? Normal.” Mas sua mente está dizendo, “Não, eu devo ter morrido, é muito radical, muito, muito radical. Não é a droga, drogas não fazem coisas assim”, e você continua vendo o que está vendo. A droga nos tenta revelar qual a verdadeira natureza do jogo. Que a dita realidade é uma ilusão teatral. Então você quer encontrar seu caminho até o diretor que produz a realidade, e discutir com ele o que acontecerá na próxima cena.

OMNI: Você dedicou boa parte de sua vida no mapeamento do DMT e da psilocibina. Como você os interpretaria?MCKENNA: Estas substâncias podem dissolver numa única viagem toda a sua programação mental até então. Elas te levam de volta à verdade do organismo – a que diz que idioma, condicionamento e comportamento são totalmente desenhados para mascarar. Uma vez dopado, você renasce para fora do envelope da cultura. Você chega literalmente nu neste novo lugar.

OMNI: Você acha que realmente existe algo como uma “bad trip”?MCKENNA: Uma viagem que acaba te fazendo aprender mais rápido do que você quer é o que as pessoas chamam de bad trip. A maior parte das pessoas tenta dosar o aprendizado inerente às drogas, mas às vezes a droga libera mais informação do que você é capaz de aprender. Para piorar, a mensagem pode ser, “Você trata mal as pessoas!”, e ninguém quer escutar isso.


OMNI: Como você pode defender as drogas com tanto entusiasmo quando elas estão associadas a tanto sofrimento e caos?
MCKENNA: Nós deveríamos falar da palavra êxtase. Em nosso mundo, comandado pela Madison Avenue, êxtase é aquilo que você sente quando compra uma Mercedes e pode bancá-la. Mas este não é o significado certo. Êxtase é uma emoção complexa que contém elementos de medo, triunfo, empatia e pavor. O que substituiu nosso pré-histórico conceito do êxtase é a palavra “conforto”, uma idéia tremendamente asséptica, letárgica. Drogas não são confortáveis, e qualquer um que pense que elas são uma forma de conforto ou escapismo não deveria tomá-las até que tenham coragem de lidar com as coisas como elas realmente são.

OMNI: Que tipo de pessoas não deveria tomar drogas?MCKENNA: Pessoas mentalmente instáveis, sob enorme pressão, ou operando equipamentos dos quais dependem as vidas de outros seres humanos. Ou pessoas frágeis, ingênuas, superprotegidas. Algumas pessoas foram tão estragadas pela vida que a dissolução de amarras não é boa para elas. Essas pessoas deveriam ser cuidadas com carinho, e não encorajadas a arrebatar limites. Se por fatores genéticos, culturais ou psicológicos as drogas não são para você, então não são para você. Não estou pedindo para que todas as pessoas tomem drogas, mas acredito que assim como uma mulher deve estar livre para controlar sua fertilidade, uma pessoa deveria estar livre para controlar sua própria mente.

Todos deveriam ser livres para tomar o que quisessem, e estar bem informados sobre o que cada opção envolve. Exatamente como acontece com educação sexual. Hoje a forma com que lidamos com informações sobre drogas é a mesma como fazíamos nos anos trinta com sexo. Você aprendia através de rumores! Então as pessoas acabam tendo idéias absurdas sobre as coisas.

OMNI: Onde está sua esperança?MCKENNA: Está na psicologia e nos jovens. Eles têm o que nunca tivemos: pessoas mais velhas que já tiveram experiências psicodélicas. O LSD tomou, e ainda toma, de assalto nossa sociedade. Dois estudantes de bioquímica podem fazer um pequeno laboratório móvel e produzir, num final de semana, de 5 a 10 milhões de doses de ácido para distribuir em papel pelo mundo. Esta facilidade e discrição criou uma pirâmide de atividade criminal de tanta potência que o governo reage como se um revólver estivesse apontado para sua cabeça. O que, no fundo, é verdade! A estratégia certa é subversão, atenção e discreto não-conformismo contra o tédio e a opressão do mundo.

OMNI: Terence, meu amigo, existe alguma coisa que o deixa com medo?MCKENNA: Loucura. As pessoas me perguntam, “Posso morrer tomando esta ou aquela droga?”. É a pergunta errada. Claro que sempre existe algum risco em qualquer coisa, mas o que é realmente perigoso é a sua sanidade, porque como a desconstrução da realidade é infinita, você pode se mudar para algum
outro lugar. Tenho medo de não ser capaz de contextualizar essa desconstrução, me perder e não retornar à comunidade humana. Estamos tentando construir pontes, não navegar infinitamente.

OMNI: Como você vê o futuro?MCKENNA: Se a história seguir futuro adentro, será um futuro de escassez, preservação do privilégio, controle da população através do uso cada vez mais sofisticado de ideologia para acorrentar e iludir as pessoas. Estamos no limite exato. O que também potencialmente nos aguarda é uma dimensão de tanta liberdade e transcendência que, uma vez lá, viveremos de imaginação. Seremos rapidamente irreconhecíveis se comparados ao que somos hoje porque hoje somos definidos por nossas limitações: a lei da gravidade, a necessidade de comer, de ficarmos ricos. Temos o poder de nos expandir indefinidamente para o prazer, atenção, carinho e conexão. Só precisamos nos libertar e nos permitir.

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Respostas

  1. Boaaaa brother!!!

    Cara, na minha opinião, essa entrevista e todo seu conteúdo a respeito dos benefícios dos enteógenos, deveria ser ensinado nas escolas….

    pra acabar de uma vez com essa prisão cultural que nos cerca… e ensinar as pessoas que só elas próprias são o seu limite…..

    resultados esperados?
    pessoas mais felizes, com menos conflitos internos, agindo harmoniosamente. tanto uns com os outros quanto com a natureza….

  2. SERA QUE AS MESMAS CURAM SINUSITE???

  3. Assino embaixo Dany… muito manera a entrevista… valeu rafa!

  4. CAAAAAAAAAAAAAAAADÊ?

  5. entrevista muito louca!!
    deveria ter um reset na nossa cultura…
    que os bens de consumo fossem trocados no lugar ferrari’s, porche’s, entrassem a exploração da mente, isso sim seria uma vida perfeita.

  6. drogas não são confortáveis??
    reveja seus conceitos!! algumas não como não ser…
    só questiono isso.

  7. certeza, a maioria das drogas nao sao confortaveis, principalmente aquelas que aumentam sua percepçao eu acredito, enfim ta na hora de um novo post garela, abraço

  8. Fer
    entendo seu questionamento…..a palavra “droga” só confunde mesmo!!…
    as “drogas” que o Mckenna se refere no texto são os enteógenos, os expansores de consciência…. e estes definitivamente não são para trazer conforto.

  9. Interessante as repostas dadas nesta entrevista. Refletindo: será por que os macacos não continuam evuluindo, ou seja, não continuam tornando seres racionais? Será que não comem mais cogumelos ou Os cogumelos não fazem mais efeitos p/ eles? Será verdade que o ser humano precisa mesmo recorrer a “drogas” para expandir sua própria conciência, recorrer a algo externo, cogumelos por exemplo,? ….bem interessante, mas sei que muitos não precisam de ingerir algo para conectar com o mundo espiritual, sentirem -se livres e terem certeza que o mundo espiritual existe, é real e concreto como é real a existência de NY. Quem necessita usar drogas p/ reconhecer ” a legitimidade do universo espiritual” só demonstra o quanto depende de fatores externo p/ enxergar o que é obvio, natural e visivel a olho nu. Pela sua teoria não duvido nada que existe pessoas que prá ver o sol, num dia ensolarado, recorra a uma super dose de LSD ou coma um balde de cogumelos…..

  10. Dulce – a verdade é que não existe um “externo” e um “interno”. Entenda os enteógenos como grandes facilitadores ao mundo espiritual. Não é questão de necessidade nem de dependência, são ferramentas assim como a meditação, e disponibilizam milhares de informações que o homem perdeu quando parou de viver em contato com a natureza.

    Vivendo na correria das grandes metrópoles, com barulho de caminhão e poluição por toda parte, temos dificuldades em nos espiritualizar-mos, e é aí que entra a sabedoria da natureza, com milhares de artefícios que ela mesma nos oferece. Claro, pode-se entrar em contato com o “sagrado” de várias outras formas, isso é questão de opção…

    Tomar um “balde de cogumelos” não é uma coisa tão fácil como parece. A experiência não é recreacional, muitas vezes pode ser até aterrorizante e existem consequencias na forma de pensar e viver do indivíduo que, se ignoradas, vão causar grande incômodo… É provável que a pessoa se distancie dos cogumelos pra sempre depois de uma “brincadeira” dessas. Mas se a pessoa tem objetivos maiores do que ver o pôr do sol, se estiver entrando de cabeça e coração abertos na experiência, se objetivar auto-conhecimento, talvez uma única experiência seja suficiente para todos dias ensolarados da sua vida =)

  11. Bom Dia!!!

    olha eu aqui novamente e refletindo:
    ” a verdade é que não existe um “externo” e um “interno”. .. enteógenos como grandes facilitadores ao mundo espiritual… Vivendo na correria das grandes metrópoles, com barulho de caminhão e poluição … temos dificuldades em nos espiritualizar-mos,…”…………………………………………
    -Interno e externo é modo de falar, sabe-se que o mundo material e o mundo espiritual estão sempre na mesma dimensão, só que enquanto o mundo espiritual só se vê/sente/toca com olhos/sentimentos espirituais, o material até cego sente e toca .
    -Grande facilitadores ou escravizadores? – o auto conhecimento, aquele que se adquire lentamente é um facilitador que não coloca em risco quem dele faz uso, do tipo viciar, ter medo do que se vê no mundo espiritual, são contactos sempre muito confortáveis e instrutivos.
    -As grandes metrópoles com seus barulhos não dificulta alguem se espiritualizar, desde que esse alguém seja equilibrado.Equilibrio adquire-se através do auto-conhecimento, é um processo lento, mas uma vez adquirido faz efeito sempre, ademais ainda que se viva no centro de uma grande metrópole sempre estamos em contato com a natureza, depende do estágio de consciência de cada um, árvore, água, sol, lua, um cantinho do nosso lar pode e deve espelhar a natureza…ainda que seja com vasos de plantas e um animal de estimação.

    abraços,
    Dulce

  12. Dulce,
    Boa Noite! =)

    Desculpa dizer isso dessa forma, mas essa sua visão está coberta de preconceitos, pq certamente vc não conhece os enteógenos de que falamos aqui. Se conhecesse, no mínimo saberia que não causam vícios ou danos físicos. Aliás, será que alguma coisa têm realmente o poder de causar vício , ou somos nós que nos viciamos ao repetir diversas vezes a mesma atitude ? Eu aposto na segunda, pois o vício só se desenvolve a partir de um hábito que passamos a achar necessário. Já foi constatada dependência até em cenoura, no entanto será que foi ela que causou o vício na pessoa? Acho que não, nada possui força suficiente pra tirar nosso livre arbítrio

    Os verdadeiros enteógenos trabalham em sentido oposto, ajudam a nos libertármos dos vícios (entenda como vício não apenas substâncias externas, mas também comportamentos, atitudes e sentimentos) ao ponto que nos mostra o único momento existente que é o agora, onde estamos fazendo nossas escolhas, onde a vida está acontecendo independente dos nosso apegos ao passado. Os enteógenos esfregam isso na nossa cara, e não há como disfarçar. Talvez entenda do que eu falo se um dia deixar de lado os pré-conceitos para ver por si própria do que se trata. Infelizmente para se falar de enteógenos as palavras são limitadíssimas e a experiência se faz necessária para a compreensão. Da mesma forma que o sexo, por exemplo. Pode se falar horas e horas sobre ele, mas nunca conseguiremos explicar as sensações causadas pela experiência direta.

    Bom, se vc acha que a poluição e distância da natureza não dificultam em nada o processo espiritual, vou respeitar sua opinião, mas realmente comigo essas coisas atrapalham bastante, assim como a lógica capitalista da sociedade moderna. Não podemos viver alheios ao nosso ambiente, fazemos parte dele. Quando estou em um lugar livre desses “impecílios” sinto claramente a energia fluir com muito mais facilidade, e acho que não sou só eu que penso assim. Não por acaso os monges se isolam para meditar.

    Por fim, me parece q vc acredita que auto-conhecimento é uma coisa que se adquire depois de um lento processo de espiritualização, e que depois de alcançado esse “platô”, acaba o trabalho e é só curtir os “efeitos”…eu penso bem diferente, acho que não existe um caminho para o auto-conhecimento, pois ele próprio é o caminho, e um caminho eterno em constante mutação. Não é estático, por isso não chegamos até ele ao ponto de dizermos que a busca terminou. A busca só termina pra quem pensa que já sabe…

    Como disse Terence McKenna, o Universo não é apenas mais estranho do que imaginamos, ele é mais estranho do que podemos imaginar. Por isso, achar que sabe de algo não está com nada, eu prefiro continuar aprendendo….

    Obrigado pelos comentários, nossas opiniões podem ser diferentes, mas o importante é estarmos aqui trocando idéias de forma saudável.
    fique em PAZ, abraços

  13. Dulce,

    Gostaria que antes de me responder esse post, vc lesse mais alguns textos desse blog, que expressam com mais detalhes o poder dessas plantas e fungos. Um deles é “O Salto Quântico da Consciência”, nesse link:

    O novo salto quântico da consciência

  14. Equilíbrio é essencial!
    Temos nescessidade de muitas coisas na vida, até mesmo do que pensamos que não gostamos! O importante é administrar bem tudo aquilo que nos convem! Ate mesmo no nosso organismo existe essas situações! O negócio é a medida! E equilibrar a mente é essencial! As vezes estamos tão anestesiados com o sofrimento que, precisamos de apoio para nos libertarmos e continuar… Deus nos deu a matéria e a capacidade de transforma-la naquilo que necessitamos e é o que acontece! Que toda vida seja bem vida! É melhor viver 50 de alegria do que 100 de amargura!

  15. PERFEITO!
    Eu só gostaria de complementar com mais uma coisa…
    Para a gente se colocar contrário à alguma coisa, temos que conhece-lá…
    Realmente, ninguém precisa disso pra viver… Afinal, muitas pessoas vivem sem isso (imagino eu)… Porém, o que a gente precisa é o que nos precisamos pra SOBREVIVER… E uma experiência com enteógenos, é algo que vai por escolha… Por isso, não se enquadra na categoria SOBREVIVER, e sim, VIVER… É OPÇÃO…
    Hoje em dias as pessoas são, querendo ou não querendo produto do que a sociedade quer que seja…
    Posso passar dias escrevendo tentando explicar o que uma experiência com essas substâncias nos trazem, mas nunca vou conseguir passar o que realmente aprendi…
    Pense que você leva a vida inteira para dar valores a todas as coisas, porque ALGUÉM lhe disse que AQUILO é de alto valor… Com um experiência dessas ninguém diz a você o que tem, e o que não tem valor… Os valores já estão nas coisas, a experiência só vai mostra-lhe-os…

    PARABÉNS POR ESSE BLOG… VIROU FAVORITOS! ABRAÇÃO

  16. […] Mundo Cogumelo – Entrevista com Terence McKenna (em português) January 12, 2008            | Envie […]


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