Publicado por: dany3l | outubro 24, 2006

Unidade


Tava lendo um texto muito maneiro que tem no perfil do orkut do Rafael que me trouxe a cabeça certos pensamentos sobre a unidade de todas as coisas….

Acreditamos (pelo menos eu acredito) que tudo o que se passa na nossa realidade, é na verdade a mesma coisa simplesmente acontecendo…. Eu,…… Você,….. o pássaro voando,……. a Estrela distante…… e por aí vai….

Somos como as ondas de um oceano
Várias manifestações da mesma coisa…. da mesma energia, do mesmo pensamento presente.
Vemos que não existe uma onda igual à outra, mas é notório que todas são ondas, pois mesmo diferentes, são o mesmo fenômeno.

Só aí já estava muito abstrato…… depois ficou ainda pior hehehehhehe

Encontrei com o Rafael no MSN e resolvemos continuar o desenrolar do pensamento…
… metaforicamente falando, nós somos as ondas, estamos acontecendo (todos ao mesmo tempo) no oceano……
mas se formos parar pra pensar…… tanto nós ondas, como a nossa fonte, o oceano…… em essência, simplesmente somos todos Água.

Sendo assim a dualidade vai um pouco mais além e chega a uma trindade ….. que ainda sim é única……
um lado,……. o outro lado ………. e os dois lados acontecendo cíclica e mutuamente.
Segundo Platão. O “Três” representa a solidez, estabilidade. Estabelece os princípios de harmonia e equilíbrio em um mundo dual.

um exemplo bobo….
Quem nunca percebeu em um bate papo de amigos sobre algum assunto, que naquele mesmo momento outra roda próxima, de amigos estava conversando exatamente o mesmo assunto, mas de forma diferente?! ….
A interpretação daquele mesmo pensamento regente, mas sob a forma do outro grupo!
Incidências correlacionadas.

Parando pra analisar …… Várias culturas apresentam sua forma simbólica de interpretar essa trindade em seu aspecto espiritual:

– no cristianismo: Pai, Filho e Espírito santo
– em certas filosofias orientais: o Yin, o Yang e o I-Ching
– no antigo Egito: são Ísis,Osíris e Hórus
– para os celtas: a Virgem, a Mãe e a Anciã (Aspectos da Mãe Terra)
– no hinduísmo: Brhama, Vishnu e Shiva (trimurti)
e por aí vai

São necessários dois elementos duais (e,ainda assim,complementares) para produzir um terceiro

Vida + Morte = Evolução
Bem + Mal = Discernimento
Pólo positivo + pólo negativo = Corrente elétrica
Homem + mulher = Vida
Luz + Trevas = Conhecimento

Esses detalhes se mostram em todas as coisas do universo, sendo tão simples e perceptível que não há forma de explicar que não seja bastante abstrata….. ou pelo menos eu não consigo.

sendo assim, aproveite o que achar melhor desse texto e depois jogue fora…
continuem seus ciclos de vida livremente, sem se apegar aos conceitos estáticos
e deixem a unidade conduzir a vida de vocês :)


Respostas

  1. texto irado !!

    é aquilo, existe a unidade(uni), a diversidade(verso) e o ponto de encontro, a unidade NA diversidade, que é o Universo….

    cada cabeça, um universo…e cada universo, uma cabeça =)

  2. GANHEI O DIA!!!

  3. acrescentei uma coisa importante

    “São necessários dois elementos duais (e,ainda assim,complementares) para produzir um terceiro

    Vida + Morte = Evolução
    Bem + Mal = Discernimento
    Pólo positivo + pólo negativo = Corrente elétrica
    Homem + mulher = Vida
    Luz + Trevas = Conhecimento”

  4. Muito bom o texto, tem um bem parecido no “matrix zero” só que com outra definição, puxando um dialogo criado como se fossemos personagem da matrix, mas eh sobre ondas e oceano tb ehehehehe muito bom os textos daqui! :)

  5. Gostei muito dany…
    Me recordei de alguns trechos que li, de um livro de Osho (“O homem que amava as gaivotas”), vou transcrevê-lo aqui só para complementar a idéia…
    É uma crítica à Aristóteles, “O Pai da Ciência”, com sua visão totalmente cartesiana, exata…Pessoa “tão inteligente” a ponto de afirmar que a mulher é o homem imperfeito…(falô pra vc Aristóteles!!! se estivesse vivo hj, queimaria na fogueira!!!)

    ” A existência é paradoxal; há um paradoxo bem em seu centro. Ela existe através de opostos, é um equilíbrio entre opostos. Quem aprende a se equilibrar, torna-se capaz de saber o que é a vida, o que é a existência e o que é Deus. A chave secreta é o equilíbrio.
    Algumas considerações antes de entrarmos nessa história…Nós fomos treinados na lógica aristotélica, que é linear, unidimensional. A vida não é aristotélica de jeito nenhum, ela é hegeliana*. A lógica não é linear, a lógica é dialética. O próprio processo da vida é dialético, um encontro de opostos – um conflito entre opostos e, ao mesmo tempo, um encontro de opostos. E a vida passa por este processo dialético: de tese para antítese, de antítese para síntese, e depois, novamente, de síntese para tese. E assim todo o processo recomeça.
    Se Aristóteles estivesse certo, só existiriam homens e nenhuma mulher, ou só mulheres e nenhum homem. Se o mundo fosse feito de acordo com Aristóteles, só haveria luz e nada de escuridão, ou só escuridão e nada de luz. Isso seria lógico. Haveria ou vida ou morte, mas não ambas. Entretanto a vida não é baseada na lógica de Aristóteles, a vida contém ambas. E a vida só e possivel por causa de ambas, por causa de opostos: homem e mulher, yin e yang, dia e noite, nascimento e morte, amor e ódio. A vida consiste em ambas as coisas.
    Deixe que isso penetre fundo no seu coração – porque Aristóteles está na cabeça de todos. Todo o sistema educacional do mundo acredita em Aristóteles, embora, para a mente científica avançada, Aristóteles esteja ultrapassado. Ele não serve mais. A ciência ultrapassou Aristóteles porque a ciência se aproximou mais da existência. E agora que a ciência compreende que a vida é dialética e não lógica.”

    ” Observe a vida: a vida não é aristotélica. Se você não impuser seus conceitos à vida, se você simplesmente olhar para as coisas como elas são, então de repente se surpreenderá ao ver que os opostos se complementam. E a tensão entre os opostos é a própria base sobre a qual a vida existe – do contrário, ela desapareceria. Pense em um mundo no qual a morte não existe…Sua mente pode concluir que “então a vida existirá eternamente”, mas você está errado. Se a morte não existir, a vida simplesmente desaparecerá. A vida não pode existir sem a morte; a morte lhe dá o pano de fundo, a morte lhe dá cor e riqueza, a morte lhe dá paixão e intensidade.
    Portanto, a morte não é contra a vida – a primeira coisa -, a morte se envolve na vida. E, se você quiser viver autenticamente, tem que aprender a morrer autenticamente, continuamente. Você tem que manter um equilíbrio entre nascimento e morte e tem que permanecer bem no meio. Essa permanência no meio não pode ser uma coisa estática: não significa que, quando você alcança uma coisa – pronto, acabou, não há mais nada a fazer. Isso é absurdo. Ninguém alcança o equilíbrio para sempre; é preciso alcançá-lo de novo, e mais uma vez, e mais outra.
    Isso é muito difícil de entender porque a nossa mente foi educada em conceitos que não são aplicáveis à vida real. Você pensa que, quando alcançou a meditação, não há, então, necessidade de mais nada; estará, então, em meditação. Isso é um engano. A meditação não é algo estático, é equilíbrio. Você terá que alcançá-la de novo, e mais uma vez, e mais outra. Ficará cada vez mais capaz de alcançá-la; mas ela não vai durar pra sempre, como algo que você possui. Ela tem que ser reivindicada a cada momento, só assim será sua. Você não pode descansar, não pode dizer: “Eu meditei e percebi que agora não tenho necessidade de fazer mais nada. Posso descansar”. A vida não acredita no descanso; ela é um constante movimento de perfeição. Ela nunca é imperfeita; é sempre perfeita, mas sempre é possível maior perfeição. Pela lógica, essas afirmações são absurdas.”

    *A dialética hegeliana era a dialética do idealismo (doutrina filosófica que nega a realidade individual das coisas distintas do “eu” e só lhes admite a idéia), e a dialética do materialismo é posição filosófica que considera a matéria como a única realidade e que nega a existência da alma, de outra vida e de Deus. Ambas sustentam que realidade e pensamento são a mesma coisa: as leis do pensamento são as leis da realidade. A realidade é contraditória, mas a contradição supera-se na síntese que é a “verdade” dos momentos superados. Hegel considerava ontologicamente (do grego onto + logos; parte da metafísica, que estuda o ser em geral e suas propriedades transcendentais ) a contradição (antítese) e a superação (síntese); Hegel apresentava uma filosofia que procurava demonstrar a perfeição do que existia (divinização da estrutura vigente);

    Só mais um ponto de vista que quis compartilhar…
    Muita paz a todos!!!

  6. hahahha irado. é como eu te disse, a percepção dele devia estar tendenciosa hehehehe =)

  7. pode crê…hehehehe…

  8. me manda um email que quero lhe mandar algo pra vcs colocarem aki…emaildomarcelinho@ibest.com.br

  9. Muito bom o texto Jú ….

    Aê João Paulo, o texto que o Danyel se refere no começo é exatamente este diálogo do matrix =)

  10. janeiro, 22
    achei curioso o texto, pois estou fazendo uma pesquisa sobre teologia e esses lances que aparentemente estão fora disso, me instigam a me aprofundar mais para poder entender algo bem maior.
    abraços
    decúpero


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